quinta-feira, 28 de maio de 2009

vestir com...graça...

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segunda-feira, 18 de maio de 2009

O nosso apressadinho...

Mais uma manhã de Domingo. Acordar tarde, aproveitar os miminhos do meu maridinho... Eram estes os planos para este dia, que havia de ser o mais importante da minha vida.
Eram cerca de 11 horas quando disse ao L. que devia ir comprar pão fresquinho para o nosso pequeno almoço. Entre o levanta e não levanta, começo a sentir um líquido a escorrer por entre as pernas. Disse-lhe que se passava algo. Que, provavelmente, teríamos de passar pelo hospital. Fui de imediato à casa de banho e disse-lhe que devia ter uma ruptura. As minhas cuequitas estavam já bastante molhadas. Quando voltei para o quarto encontrei-o ao telefone com a minha irmã a dizer a seguinte frase: “O bebé vai nascer!”. Fiquei furiosa. Disse-lhe que provavelmente não passava de uma pequena ruptura. Com alguma sorte mandavam-me para casa com ordem para repouso absoluto.
Não tinha ainda a mala feita. Afinal faltava mais de um mês. Pegamos no que consideramos essencial e, quando a minha irmã chegou, partimos para a maternidade mais próxima. Quando lá chegamos, dirigi-me ao guichet e expliquei a situação. Enquanto falava senti mais líquido a escorrer por entre as pernas. Fiquei completamente encharcada e, percebi que já não sairia da maternidade.
Fui vista nas urgências de obstetrícia e confirmaram aquilo que já tinha percebido. Ia ser internada. O bebé estava bem. Tinha o colo acabado, líquido límpido e dedo e meio de dilatação. Disseram ao L. que podia ir almoçar descansado porque ainda ia demorar bastante tempo. Quem sabe até seria só no dia seguinte. Fui internada e ligada ao CTG. A enfermeira disse-me que não me podiam dar nada para acelerar o parto, porque o bebé só tinha 35 semanas (pela UPM tinha 34 semanas e 3 dias) e não podia ser sujeito a qualquer sofrimento. Mesmo os toques, teriam de ser em número reduzido. Comecei a ter algumas contracções, mas eram muito suaves...
Tinham passado cerca de duas horas quando o L. voltou. Disse-me que a minha irmã, mãe e a mãe dele estavam na sala de espera. Avisei que provavelmente ainda ia demorar, mas ele disse que elas não saíam dali sem o nosso pequenino estar cá fora. As horas foram passando, e as dores começaram a acentuar-se. Por volta das sete da tarde começaram a tornar-se menos suportáveis. A enfermeira entrou e fez-me mais um toque. O colo ainda teria de descer mais um pouco para poder levar a bendita epidural. Disse para ter força e aguentar. Mas as contracções estavam cada vez mais fortes e longas. Entretanto as dores eram tão acentuadas que já nem conseguia falar. Precisava de toda a concentração para as poder suportar. Resolvi chamar a enfermeira, porque já não aguentava mais. Fez-me mais um toque e felizmente já tinha dilatação suficiente para poder levar epidural. Mandou sair o L. e chamou a anestesista. E começou o tormento. Ajudou a enrolar-me para me colocar em posição e pediu-me para não me mexer um milímetro sequer. Um pedido muito cruel para quem estava com dores cada vez mais insuportáveis. Picou-me mas parece que algo correu mal e furou-me a membrana. Disse-me que teria de ficar de repouso por 24 horas... Nova picada. Dores na perna esquerda. "Também não serve, vamos ter de tentar novamente", informou-me. Já estava a desesperar e, arrependida de ter pedido anestesia. Entre as picadas mal sucedidas, numa posição desconfortável e, com contracções quase intoleráveis comecei a pensar que teria sido preferível aguentar o parto com dor. Mas à terceira tentativa a anestesista lá conseguiu inserir o cateter. Passado pouco tempo, a anestesia começou a fazer efeito e deixei de sentir dor. Sentia apenas uma pequena dormência na nádega esquerda em cada contracção. Daí até aos dez dedos de dilatação não passou mais de uma hora e meia. A enfermeira instruiu-me, então, sobre como deveria fazer força na sala de partos. Seguimos para lá e com a ajuda do L. e de outra enfermeira iniciamos o processo de nascimento do nosso bebé. Ele já estava bem em baixo, a enfermeira comentava que tinha pouco cabelo e tudo, mas faltava sempre um bocadinho de força para que ele saísse, pelo que uma das enfermeiras começou a empurrá-lo com as mãos fazendo força na minha barriga. Fiz força mais uma vez e surgiu o meu bebé... Colocaram-no em cima da minha barriga e, aquele que seria o momento mais importante das nossas vidas (minha e do L.) depressa se transformou num dos momentos de maior tormento à medida que percebíamos que algo não estava bem. O nosso pequenino estava branco como a cal e, não chorava. As enfermeiras aspiraram-no de imediato, cortaram o cordão e levaram-no para o auxiliarem na respiração. A pediatra apareceu para o avaliar e de um momento para o outro, por detrás de mim, apercebi-me que estavam vários enfermeiros a tentar ajudá-lo. Perguntei inúmeras vezes ao L. o que se passava, mas ele próprio estava demasiado nervoso e só me dizia que tínhamos que esperar. Acho que nunca o tinha visto tão assustado. Começamos a ouvir o nosso bebé a chorar, mas fazia-o com muito esforço. Uma das enfermeiras veio com ele perto de mim e disse-me que tinham de levá-lo porque estava com dificuldades respiratórias. O L. foi com ele. A pediatra veio ter comigo e disse-me que às 35 semanas os pulmões ainda não tinham atingido a maturidade suficiente para suportar o nosso ambiente, daí as dificuldades que revelava em respirar. Esperava não ter de o ventilar... E saiu. Ali fiquei eu, com duas enfermeiras que me cosiam, e a sentir o meu mundo a desabar.
Depois dos minutos intermináveis que demoraram a coser-me levaram-me para uma sala onde me puseram a soro. Pedi que me fossem dando notícias do meu filho, e a cada vez que o fazia, asseguravam-me que estava bem entregue. Uma das enfermeiras disse-me que enquanto não o transferissem para Lisboa estaria tudo bem. As duas horas seguintes seriam determinantes. Passado algum tempo levaram-me para um quarto onde já se encontravam duas mamãs e as suas filhas. Senti-me imensamente triste. Era suposto ter ali o meu bebé, como aquelas duas mães e, ali estava eu, sem saber o que lhe estava a acontecer. Passaram as duas horas e o L. veio ter comigo dizendo que estava imensa gente a tratar dele. Também não sabia muito bem o que se estava a passar, mas percebia que não estava a correr como os médicos pretendiam.
Por volta da 1 da manhã veio ter comigo a dizer que o iam levar para Lisboa. Desabei. Não aguentei mais e chorei durante horas. Os enfermeiros vinham ter comigo e confortavam-me dizendo que às 35 semanas a taxa de recuperação é muito elevada e que certamente tudo correria pelo melhor. Mas naquela altura a única coisa que eu queria era estar perto do meu bebé. Eram perto de 3 da manhã quando chegou a ambulância para o levar. Pedi que me deixassem ir com ele, mas disseram-me que tinha de fazer repouso. Trouxeram-me um lanchinho, mas eu só chorava. Não queria comer. Começava a deixar-me levar pelo desespero... Depois de muitas lágrimas corridas, acalmei um pouco e pensei que não podia continuar com aquela atitude. Estava a ser egoísta. Parei de chorar. O meu bebé haveria de melhorar e precisar de mim. Comi o que me tinham deixado e tentei controlar o choro. A enfermeira trouxe-me uma polaroid do meu pequerrucho. Apesar dos tubos estava lindo... Vários enfermeiros e auxiliares vieram ao meu quarto dar-me os parabéns por ter tido um bebé tão lindo. Trouxeram-me também um recado do meu Bebé. Dizia o seguinte: “Queridos pais, vou para o Hospital Maternidade Alfredo da Costa e fico na Unidade de Cuidados Intensivos. Podem telefonar pelo telefone xxxxxxxxx a pedir informações e logo que possam venham visitar-me!!!!! Vou ter saudades da vossa voz e dos vossos miminhos. O vosso filho.”
Chorei de emoção. A partir daquele momento senti que tudo só faria sentido com aquele pequeno ser perto de mim...


Ass. A mãe babada ;)

quinta-feira, 14 de maio de 2009

o nascimento do Gustavo

dia 19 à tarde que começaram as dores,custava um bocadinho a andar mas nada de especial,pensei que elas acabassem por passar,mas estava enganada,numa ida à wc apercebi-me que estava a perder o rolhão , durante a noite as dores intensificaram-se um pouco e não me deixaram dormir grande coisa dormir ,mas mesmo assim não dei grande importância.
dia 20 as dores já tinham aumentado significativamente,e não consegui sair da cama todo o dia,queria ir trabalhar,mas não consegui,o meu homem bem insistia para ir ao hospital mas eu não queria,para jà porque conseguia suportar relativamente bem as dores e por outro lado tinha medo de là ficar horas e horas (se não fossem dias)a desesperar
durante a noite não dormi nada,nem deixei o homem dormir ,já estava a dar em doida ,as dores começavam a tornar-se muito menos suportáveis,mas mesmo assim continuei a armar-me em forte e a recusar ir ao hospital Assobio ...
dia 21,consegui dormir um pouco de manha,mas não muito,comi,e liguei à minha mãe a contar o que se estava a passar,o conselho dela foi o lógico: ''contar o tempo entre cada dor,e se estiverem muito próximas seguir para o hospital'' já estava com contracções de 5 em 5 minutos e sabia que não podia esperar muito mais para ir ao hospital ,mas,ainda tomei banho,vesti-me,e ainda fiz a minha mala nas calmas,e revi a do piolho ,apanhei o comboio para a amadora e fui a pé até ao hospital (a pressa não era muita)!
cheguei ao hospital eram quase 19 horas,fui praticamente logo atendida,fiz ctg,mas não estava a gostar da cara da medica, ,mandou-me comer um rebuçado ,carregar no botão cada vez que o pilho mexesse,e esqueceu-se de mim la raiva ,a folha do ctg já arrastava no chão quando ela voltou e me mandou aguardar para fazer o toque,toque esse que quase me faz trepar pela maca acima ,mas a medica só dizia: ''não precisa de fazer força'' e eu com vontade de dizer :''se parar de me apalpar as amígdalas eu paro de fazer força'',mas pronto,o que vale é que foi rápido,''4 dedos de dilatação e vai ficar internada'' ,o meu mundo ruiu,pois entrei naquele hospital com a forte convicção de que voltava para casa.
fui preparada,entreguei as coisas ao meu homem e fui para o quarto de dilatação,lá veio um medico espanhol todo jeitoso para me meter o cateter do soro falhou a primeira tentativa o que me valeu uma mão negra até á bem pouco tempo,ligou-me ao ctg e foi chamar o meu homem,ele entrou e esteve sentado ao meu lado a dar-me toda a força que conseguia,vejo isso agora,pois na altura estava demasiado ocupada a querer mandar-me para o chão e para o colo dele ! ,novo toque :''ja tem mais de meio caminho andado,vai ter vontade de fazer força mas não faça,vai querer epidural?'',que raio de pergunta claro que queria,mas esqueceram-se de mim e não me deram,já devia ser demasiado tarde.
cada vez mais sentia vontade de fazer força,mas sabia que não podia ou o puto saia disparado para o meio do chão ,mas já não aguentava mais mas finalmente as águas rebentaram e fui levada para o bloco de partos,o meu homem segurava-me,ajudava-me a dobrar para fazer força mas o piolho não queria sair,a médica dizia que eu estava a fazer a força ao contrário,cortou-me,não senti,mas mesmo assim ele não queria sair,a solução foi duas bestas de duas medicas meterem-se em cima da minha barriga a fazer força para ele sair,não o desejo a ninguém,preferia passar pelas dores das contracções outra vez do que por aquelas dores que sentia naquele momento,foi horrível mas ele lá saiu rapidinho,a medica ainda disse: ''foi parido por mim'',o pai cortou o cordão e eu confesso,não olhei logo para o meu filho,não consegui pois naquele momento para mim ele era o culpado por todo aquele sofrimento por que eu tinha passado,mas assim que senti o calor dele em cima de mim,tudo passou e não consegui deixar de chorar ,tão lindo,tão perfeito,como podia eu culpà-lo por tudo aquilo,no fim de contas ele também sofreu,cozeram-me,esta parte doeu horrores, mas só por fora,por dentro nem senti,dei-lhe de mamar,despedi-me do meu homem que foi muito forte por passar por tudo aquilo sem nem um ai,levaram o meu menino para a banhoca e primeira vacina,e depois là fui eu dormir toda a noite agarradinha ao meu tesouro que estava tão cansadinho que so acordou na manha seguinte.
jà tudo passou,foi muito sofrido,mas por ele passava por tudo outra vez sem nunca pensar duas vezes
grande testamento

carla

O nasciemnto da Mafalda

Dia 30 de Março, por volta das 15h começo a sentir umas contrações fracas, suportáveis e espaçadas (20 em 20 minutos) que duraram até à noite, altura em que o espaço entre elas começou a ser de 10 em 10 minutos. Passei a noite sem dormir, as contrações eram cada vez mais dolorosas e, às 6 da manhã estavam de 7 em 7 minutos. Tomei banho, acordei o papá e fomos para a MAC.

Dia 31 de Março, entro na MAC cerca das 7 da manhã. CTG - muitas contrações mas sem dilatação. Não estava em trabalho de parto e mandaram-me para casa. continuei cheia de dores e o toque parece que ajudou à festa. Volto à MAC pelas 17h com as mesmas queixas. Diagnóstico igual ao da manhã. mandara,m-me jantar e voltar à noite. Voltei. Eram 23h e estava cheia de dores mas dilatação nem vê-la. mandaram-me embora. passei a pior noite da minha vida. Chorei com dores.

Dia 1 de Abril, lá vou eu a caminho da MAC entre choro, desespero e gritos sempre que vinha uma contracção, que estavam de 5 em 5 minutos. Entro na MAC e a fila para inscrever era enorme. O meu marido ficou na fila e eu entrei pela urgência a dentro, eram 10,30. Perguntei pela Dra Isabel. Estava no internamento mas viram-me tão aflita que a enfermeira da triagem viu-me mesmo sem ficha feita. Tinha 3 dedos de dilatação. Nisto vem uma contração que me fez gritar e entra a minha médica para ver o q se passava. mandou-me ao gabinete dela. Viu-me - 4 dedos de dilatação. Mandou o meu marido passar à frente e fazer a ficha. Mesmo sem processo recapitulámos tudo o que era importante. Mandou-me com uma enfermeira, rapou-me, colocou-me 2 clisteres e....box de parto onde cheguei às 10,45 com 5 dedos de dilatação.

A seguir, veio o anestesista....epidural.........fui ao ceu!!! Como era bom não sentir dores. Entre as 11 da manhã e as 16,30 levei 2 doses de epidural e passei dos 5 para os 7 dedos de dilatação, pq rebentaram as águas espontaneamente

A minha médica proibiu mais reforço de epidural. Quando o efeito passou, às 16,30, voltaram as dores. 7, 8 dedos. De repente senti vontade de fazer cocó. Chamei a enfermeira. Novo toque. "Estou a sentir o bebé!"

Começo a ver entrar gente pela box a dentro, entre eles a minha médica. Comece a fazer força qd vier uma contracção. Confesso, descontrolei-me com as dores. Acho que foi a experiência física mais dolorosa que já passei. Eu fazia força mas a bébé não saia. Foi qd a médica disse que a bébé tinha o cordão à volta do pescoço e as minha contrações não estavam espaçadas. Eram muito seguidas e estava a correr o rico de o utero não aguentar e rebentar. Cortou-me e enfiou os forceps.

Às 17,07 a Mafalda estava em cima da minha barriga. Perguntei porque não chorava. Chorou!

Depois, foi 1 hora e meia a ser cozida!Mais de 30 pontos.Por fora, por dentro.Nã sei qd voltarei a andar direita!

Coisas boas????Perdoem-me as mais enojadas, mas o cheiro da minha filha é inesquecível (a todas aquelas porcarias do utero). Acho que é o nosso instinto animal! Não me esqueço nunca de como amei o cheiro dela!


Sofia

O nascimento da Beatriz e da Ester

Depois de muita confusão com internamentos e tratamentos, e porque já estava em trabalho de parto sem o saber, na 6ª feira dia 27/7/2007, por volta das 11h, a médica manda-me para o bloco de partos (as meninas estavam em pélvica) para cesariana depois de saber se havia vagas nas incubadoras, o que acabou por não ser preciso. Já estava a dieta 0 desde a véspera. Vieram uma enfermeira e uma auxiliar preparar-me: raparam-me, puseram-me a algálea (o meu grande receio era que doesse a pôr mas foi só uma impressão e perda da capacidade de controlar o acto de fazer xi-xi), vestiram-me a camisa da maternidade, puseram-me numa maca e ala para o bloco.

Quando cheguei ao bloco, a equipa de enfermeiros apresentou-se e tentaram acalmar-me (estava um bocadão nervosa...), meteram-me aquela toca de rede, ajeitaram os tubos do soro e outros líquidos e mudaram-me para uma maca muito mais estreita. Entretanto, chegam os anestesistas que me perguntam se queria fazer a cesariana com anestesia geral ou com epidural; não fazia ideia! Expliquei-lhes que só tinha 2 exigências: não sentir dor alguma e que a gémea da minha esquerda é a Ester e a da minha direita a Beatriz (escreveram os nomes delas e o meu nas pulseiritas). Bem, o anestesista explicou-me que, em termos de recuperação, com epidural era muito mais rápida e que não havia interferência alguma com os bebés enquanto que a anestesia geral já comporta mais riscos a nível de reacções alérgicas, complicações cardíacas e recuperação mais lenta. Perguntei o que seria melhor para os bebés e ele respondeu-me que seria a epidural e eu decidi que o que era bom para elas seria bom para mim.

De lado, com a ajuda de uma enfermeira, coloquei-me na posição fetal, arqueei as costas e colocaram-me os electrodos paar monitorização. Puseram um spray fresquinho para adormecer a pele, deram-me uma injecção de anestesia local e quando esta fez efeito, preparam tudo para a epidural e enfiar o cateter. Não doeu absolutamente nada. Depois meteram-me em posição de Cristo (de barriga para o ar, pernas juntas e braços abertos) e prepararam-se para os testes necessários para saberem a quantidade de medicação a dar e saber se a epidural começava ou não a fazer efeito. Perguntaram-me várias vezes quanto media e quanto pesava no momento para darem a dose exacta e se me sentia bem. Avisaram-me para me queixar se me sentisse mal, com dor de cabeça ou nauseas. De vez em quando, passavam com um algodão com alcool em várias partes do corpo para verificarem a sensibilidade ao toque e ao frio e pediam-me sempre para descrever o que sentia nos pés e mexer os dedos.
Quando a epidural já estava com o seu efeito pleno, começou a operação: taparam a zona da barriga com uma toalha ao alto por causa da esterilização e amarraram-me os braços para não ter a tentação de tocar ou mexer no que não devia.
Perto da minha cara estava o tubinho do oxigénio para o caso de ser preciso (o que não foi) e toda a parafernália necessária para a monitorização.
Começou o "corte e costura" e a sensação que eu tinha era que estava no dentista: sentia remexer e repuxar como se me estivessem a arrancar um dente mas na barriga A certa altura, ouvi o aspirar de águas e a médica a perguntar-me o nome da 1ª gémea, a da minha esquerda (a Ester) que nasceu às 12h46, com 2,430 kg, já a fazer xi-xi e có-có. Não há palavras que descrevam o que senti nesse minuto... A enfermeira disse-me que a primeira pessoa a ver os bebés era sempre o pediatra mas que ma mostrariam assim que fosse possível. Dois minutos depois nasce a Beatriz com o mesmo peso da irmã,2,430 kg... e volta a sensação indescritível.
Perguntaram-me se me sentia bem e se o pai já tinha chegado à maternidade. Queixei-me de dores de cabeça e deram-me logo um medicamento e o pai viu as bebés depois de mim. Mostraram-me as meninas mais bonitas do mundo e, mais uma vez, nada descreve o que se sente no momento...

Demorou mais a passar o tempo de me arranjarem e suturarem do que toda a preparação para o nascimento. Queria ver o meu marido e as minhas filhotas! A médica disse que me ia preparar uma sutura toda bonitinha, que não se notaria nada. Entretanto, começo a ficar com montes de frio, o que é normal. Saí do bloco, mudaram-me para uma cama e o meu marido e a minha mãe lá estavam, todos babados, à minha espera com as gémeas ao colo. Segui para o quarto, continuei a soro, levei uma injecçãozita de morfina no cateter da epidural e o pior vem agora: quando começa a desaparecer o efeito da anestesia, vêm umas contracções horrorosas e super dolorosas que nem deixam respirar, acompanhadas com uma sensação de absorvação ao contrário... As dores continuam durante um bom bocado e passam ao fim de uma boa noite de sono e de nos babarmos a olhar para os nossos filhotes. Cerca de meia hora depois, puseram as gémeas ao meu peito (nem sabia que iria conseguir dar de mamar). Cerca de 7h depois da cesariana, chegam uma enfermeira e uma auxiliar para nos ajudarem a levantar, sim, leram bem, 7h depois!!! Ia morrendo: como tinha sido internada por causa de uma cólica renal não conseguia ter os movimentos normais restabelecidos e tudo me doía pelo que não me levantei 7h depois mas sim 12h depois, com autorização médica. Dói horrores, sente-se repuxar e arrepanhar tudo por dentro e por fora, parce que nos estão a rasgar ao meio mas depois de estar de pé e dar os primeiros passos, a coisa acalma bastante.

Claro que a recuperação de uma cesariana é sempre muito mais lenta do que a de um parto normal mas já se passaram 9 dias depois do nascimento das gémeas e já consigo mexer-me muito bem. Tenho tido extra cuidado para não rebentar nada por dentro porque não tenho pontos externos (é uma sutura intradermica) e fui para casa dos meus pais com o meu marido paa termos ajuda constante na parte doméstica. De noite, quando é altura de dar de mamar ou mudar fralda às gémeas, o meu marido levanta-se e dá-mas para não ter de me levantar à pressa mas sou eu que as deito. O truque para uma boa e rápida recuperação é andar muito.

Na altura não desejava ter mais filhos, e se me tivessem dado algo para assinar e dizer que era o fim da humanidade. teria assindao... Agora já penso de maneira diferente. Gostava muito de encomendar os 2 meninos mas a viad está difícil... Quando ganhar o euromilhões...

Mara

O nascimento do Duarte

Nunca me irei esquecer deste dia... foi deveras emocionante como podem compreender...
No sábado dia 23 de Agosto fomos jantar ao OeirasPark, comi PitaShoarma e sujei a t-shirt toda com o molho de alho ! mas mesmo assim isso não me fez deixar de ir passear e ver umas lojas no centro...
Chegámos a casa por volta das 0:00H, despi-me, vesti a t-shirt para dormir, liguei o pc, vim até ao Nuvens ver as novidades e eis que por volta das 0:30H senti um "poc" dentro de mim e ao mesmo tempo um jorro de água a sair!!! affraid
Entrei imediatamente em pânico, fiquei super nervosa, o meu coração batia tanto tanto que estava a ver que me saltava pela boca!!!
O C. estava super nervoso tb, tentámos acalmarmo-nos e depois de o conseguirmos, eu fui tomar um banho, coloquei uns 3 pensos para reter as águas, abri por uma ultima vez as malas para ver se tinha tudo, agarrei nos exames todos e fomos para Cuf Descobertas.

Chegámos deviam ser 1:30H mais ou menos, atendeu-me uma médica nada simpática (diga-se de passagem), fez-me uma eco, mediu-me a tensão e após o interrogatório da praxe, decidiu internar-me.
Eu disse-lhe que queria uma cesariana, ela perguntou-me o pq e eu disse-lhe que tinha pânico do parto normal e que não conseguia controlar-me e colaborar com eles.... mal eu sabia o que me esperava... ela viu que realmente eu já tinha marcado a cesariana mas não me disse se o iria fazer ou não.

Fomos para o quarto, vesti a bata, coloquei os clister e deitei-me na cama, o C. sentou-se no sofá e ficámos a ver tv. Apareceu uma enfermeira para me colocar o ctg e soro, perguntei-lhe se me iriam fazer a cesariana e ela disse-me que àquela hora para eu não contar muito, só mesmo se o bebé entrasse em sofrimento ou eu em perigo de vida; como não tinha dores nenhumas disse-me que provavelmente iria dormir a noite toda e que quando o turno mudasse a cesariana seria feita.

Eram umas 2:30H comecei a ficar com algumas moinhas, nada de especial, mas fez-me pensar que ainda ía entrar em trabalho de parto e eles sem me levarem para o bloco... a partir daí as contracções começaram a apertar e as dores tb.
Assim que tinha uma contracção um jorro de água saía e comecei a ficar com vontade de fazer xixi, chamei a enfermeira e ela trouxe-me uma arrastadeira, lá me convenci que tinha mesmo de usar aquilo e lá fiz o que tinha a fazer.
Sei que passei a noite toda naquilo, contracções, jorro de água, xixi e claro as dores cada vez mais fortes, na barriga e rins. Contorcia-me de dores e o C. desesperava por me ver a sofrer sem poder fazer nada para me ajudar a não ser uma massagens nas costas!

Por volta das 6:00 da manha +/- as dores eram incontroláveis assim como as contracções que não paravam um único segundo, eram umas atrás das outras, decidi chamar a enfermeira e pedir-lhe para me ajudarem pois já não aguentava mais.
A médica veio e fez-me um toque, estava com 3 dedos de dilatação e ela chamou o anestesista para a epidural!!! Voltei a falar-lhe na cesariana mas não fez caso... chegou o anestesista e eu contorcia-me com dores, ele disse-me que eu tinha de colaborar e eu disse-lhe que sim que queria colaborar mas que não conseguia pq as contracções eram umas atrás das outras e sem 1 único segundo de descanso; ele achou aquilo estranho e voltou a chamar a médica para novo toque; entre um toque e o outro passou-se mais ou menos 2 minutos, e no segundo toque já estava com 8 dedos!!!!
Nessa altura a médica disse que iria preparar a sala de partos ao que eu me saí com a bela pérola " então e a cesariana??" ao que ela respondeu "então com 8 dedos o bebé está prestes a nascer e acha que a vou cortar?? nem pensar isto agora é só fazer força!!!"
Entrei em pânico ... tudo do que eu sempre tive medo ia mesmo acontecer...

Decidiram dar-me a epidural à mesma, mas para isso teve de administrar uma outra anestesia primeiro para que eu conseguisse controlar as dores das contracções. Quando aquilo fez efeito estava na lua.... até ele disse que eu parecia que tinha outra cara (pudera!)
Ainda estive assim durante mais 2 horas mais ou menos, até que o turno mudou e lá veio um enfermeiro verificar como estava a situação; fez mais um toque e estava tudo igual, o Duarte ainda estava muito subido e ele fez-me uma maldade qq pq assim que ele tirou as mãos eu comecei novamente com dores e ele deu-me um reforço da epidural.
Passado alguns minutos começo a ver as batidas cardíacas do Duarte a baixarem radicalmente de 160 para 60.... entrei em pânico e chamei logo o enfermeiro que me colocou imediatamente a oxigénio e me levou para a sala de partos.

O C. não quis ir comigo, ele detesta ver sangue e tudo o que sejam actos médicos.... e eu entendo, prefiro ter as atenções centradas em mim naquele momento do que nele ... mas fiquei tristonha, adorava que ele estivesse presente num momento tão importante para nós....
Já na sala de partos lá passei para a maravilhosa maca, e foi tudo muito rápido!

Como estava sob o efeito da epidural não sentia nada, então tinha uma enfermeira ao meu lado com as mãos na minha barriga a sentir as minhas contracções, assim que vinha uma ela dizia para eu fazer força e assim eu fazia. Entretanto a obstetra diz a seguinte piada " esta tesoura não corta nada... tragam-me outra" bem... até tremi todinha com receio de sentir a dor... depois diz ela outra vez " esta tb não corta... tragam-me uma tesoura que corte por favor", e eu tremi mais ainda...
A força que eu fazia não foi o suficiente, pois ele estava muito subido, então a enfermeira colocou-se mais ou menos em cima de mim e empurrou-o para baixo, enquanto a obstetra fazia nascer o meu filho com a ajuda de uma ventosa...

Assim que senti o meu filho a nascer senti uma paz de espírito enorme e assim que o colocaram em cima de mim, senti uma felicidade tão grande mas tão grande que só nós mães é que sabemos do que falo.... é impossível descrever este sentimento....
A primeira coisa que vi foram os pés e as pernas.. estava branco mas tão branco e não chorava, claro que perguntei logo o que se passava mas eles disseram que ele estava bem e que o choro depressa viria e assim foi, de repente ele começou a chorar, o meu mundo chorou e eu chorei com ele tb!!!
Cortaram o cordão umbilical e levaram-no para o limpar e para o pediatra o ver.
Nasceu com 48 cm, 3375kg e índice de Apgar de 6 ao 1º minuto e 9 ao 5º .... terá sido do sofrimento em que entrou para nascer?

Entretanto enquanto o ponto cruz se realizava, o pediatra veio novamente ter conosco e disse que estava tudo bem e que ele iria ser aquecido durante algum tempo... 1 hora mais ou menos...
O C. foi logo ter com ele, esteve com ele quase o tempo todo, depois veio ver-me ao recobro e passado um bocado lá me trouxeram o meu príncipe, tão calmo, tão sereno de olho aberto a olhar para mim ... lá correram mais umas lágrimas (como correm neste momento) e as enfermeiras colocaram-no no meu peito para mamar.... acho que gostou pois esteve imenso tempo a mamar e a olhar para mim...
Depois fomos para o quarto e quando lá chegamos já lá estava o papá babado à nossa espera.
Assim que as enfermeiras nos deixaram a sós, chorámos os dois agarrados ao nosso filho... ao nosso mundo

Patricia

O nascimento do Rodrigo

Sábado/Domingo, 21/22 de Fevereiro de 2008 – Kiwis ou Caramulinho – O Parto


Olá, eu sou o Rodrigo. Nasci na Maternidade Alfredo da Costa em Lisboa, no dia 22/02/2009 às 05h44m, com o peso de 3.195 Kg , 49 cm de comprimento e 33,5 cm de perímetro cefálico. O meu APGAR ao 1.º minuto foi 9 e ao 5.º foi 10. Fui o bebé número 3941 a nascer em Portugal este ano.
Como não sei como tudo começou naquele dia 22, vou passar a palavra à minha mãe para ela vos contar os pormenores.


Dia 21 levantamo-nos por volta das 10h e fomos ao supermercado.
Fizemos o nosso tradicional almoço de Sábado: Comer um grelhado no exterior na companhia dos nossos cães.
Era para ter ido andar mas acabei por não ir pois despachamo-nos tarde.

Eram 22h40 já estávamos deitados, quando senti uma dor na barriga na zona por baixo do umbigo. Como de manhã tinha comprado kiwis para ajudar a aliviar a tripa antes do parto e tinha comido 2 ao almoço, 2 ao lanche e 2 ao jantar, pensei: Fez efeito!!
Fui ao wc e nada. Voltei para a cama e passado um bocado, outra dor… e outra. Fui novamente ao wc e desta vez saiu finalmente algo sólido. Voltei para a cama a pensar que afinal os kiwis tinham resultado.
Nova dor… Comecei a desconfiar e resolvi contar o tempo. Variava entre os 11 e os 7 minutos. Eram contracções. Continuei a contar o tempo até que a dada altura fui novamente ao wc fazer mais uns presentes e quando me fui limpar… vi um bocado do rolhão mucoso!

Eram 3h da madrugada e como nesta altura as contracções estavam entre os 7 e os 5 minutos , rumamos a Lisboa à MAC onde chegamos às 3h28 minutos. O R pelo caminho já dizia: Deves estar quase a ter outra! Até ele já contava o tempo e tentava adivinhar. Pelo caminho mandei sms à médica a dizer que ia entrar de turno antes dela pois estava com contracções, tinha quase a certeza que o bebé ia nascer antes das 9h e que não ia ser ela a induzir o parto dia 22 como combinado. Às 3h33 estava eu a fazer a inscrição nas urgências que tinham a sala vazia.. só lá estava um papá à espera.
Ainda esperamos um pouco até me chamarem para a triagem. Talvez uns 15 ou 20 minutos ???

Fui para o ctg que acusou poucos movimentos no bebé e contracções a 100%. Ia ficar internada. Despi a minha roupa e vesti a bata maravilha. A enfermeira mandou-me deitar e meteu a mão… ouviu-se Ploofff saiu uma posta de fluidos e sangue. Foi ligeiramente incómodo mas não posso dizer que tenha sentido dor. Tinha 6/7 dedos de dilatação. Horas? Talvez 4h20.

O R foi chamado à triagem onde eu estava a andar de um lado para o outro à espera de novas contracções, enquanto a enfermeira preenchia papelada. Ele assinou uns papeis a confirmar que era o marido e que seria ele a assistir ao parto. De seguida agarrou no saco que tinha a minha roupa e levou para o carro… iria aguardar nas urgências que o chamassem muito em breve.

Eu com a bata maravilha e com um penso entre as pernas sem nada a segura-lo lá fui com um andar de “Charlot” para o penso não cair para a sala onde iria desenrolar-se o parto.

Deite-me, puseram-me a soro. Perguntaram-me se queria epidural. Eu disse que ainda não tinha decidido. Disseram-me que iam preparar mais umas coisas e entretanto eu que fosse pensando se queria ou não. Deixaram-me sozinha na sala uns breves minutos quando de repente sinto uma explosão de água quente… tinham rebentado as águas. Chamei a enfermeira que limpou tudo e verificou a dilatação: 8 dedos mas o bebé estava muito subido.
Nesta altura pensei: bebé subido = a pedir epidural!!!! Já estava a imaginar uma enfermeira aos saltos em cima de mim e eu sem anestesia!!!
Foram preparar a epidural e entretanto ficou uma enfermeira a pressionar a minha barriga para baixo e outra a meter a mão para ver como estavam as coisas. De repente oiço:
- O cordão está à frente da cabeça do bebé, prolapso do cordão.
Na altura com toda a agitação apenas fixei a palavra cordão, e pensei: ok epidural, tá mais que decidido!!!
Então uma enfermeira diz:
- O cordão está à frente da cabeça, é melhor ir para cesariana, mandem preparar o bloco.
Mas, estava lá uma enfermeira que disse:
- Se a menina ajudar eu consigo desviar o cordão. Faça força, vamos tentar.
Pensei, não custa tentar. Fiz força quando ela disse, mas ficou tudo na mesma.
Ela lá continuo a dizer que conseguia para tentarmos de novo. Nesta altura acho que se fez um clique na minha cabeça e comecei a pensar:
- Cordão à frente da cabeça, se corre mal, nasce o bebé sem que se consiga que o cordão saia depois. Se sai primeiro o bebé fica sem alimento, oxigénio e sangue… Vou deixar de colaborar neste sentido, de qq forma o bloco já está a ser preparado.
As dores que até ali eram relativamente toleráveis começaram a piorar bastante. Já devia ter os 10 dedos.
Chamaram o R para me dar um beijo. Nesta altura já estava a contorcer-me com dores e não podia fazer força, comecei a temer que algo pudesse correr mal e o bebé saísse antes de chegarmos ao bloco…
Lá me levaram para a sala da cesariana, com muitos batas branca a acompanhar-me, uma delas a que disse que conseguia desviar o cordão se eu colaborasse… essa ia sentada na maca a empurrar a cabeça do bebé para cima para que não fizesse pressão no cordão e mesmo assim, foi o caminho todo a resmungar:
- Foi uma pena, eu teria conseguido mas a menina não colaborou.
E eu cheia de medo que o puto saísse antes de chegar ao bloco, só pensava que aquela enfermeira devia ser muito boa mesmo para se gabar tanto… mas eu não ia arriscar e pelos visto o resto da equipa médica tb não.
Cheguei finalmente ao bloco onde iam fazer-me a cesariana. O tempo que até aqui (desde as 22h40) tinha passado a voar. As ultimas 5/6 horas pareciam ter sido apenas 10 minutos. A partir daqui pareceu demorar horas. Trocaram-me de maca. Fizeram-me perguntas. Explicaram-me coisas… Tudo isto pareceu arrastar-se imenso…Até que finalmente:
- Respire fundo. E… apaguei.

Quando acabaram a cesariana deixaram o meu marido ir dar-me um beijo mas o médico avisou-o que o mais certo era não me lembrar … e de facto não me lembro. Também me mostraram o Rodrigo, lembro-me vagamente de uma carinha ao pé da minha e depois de estar na sala de recobro cheia de frio, com algumas dores e com a enfermeira a preparar-me para o meu descanso nas horas seguintes.

Acordei no recobro eram cerca das 8h30 / 9h00, cheia de calor. Passado algum tempo as enfermeiras (super bem dispostas e brincalhonas) vieram ter comigo. Deram-me chá, verificaram a urina (500 ml) e disseram-me que em breve iria para a enfermaria onde o meu bebé iria ter comigo. Perguntei se estava tudo bem com o bebé. Disseram que em principio sim mas que ali só tinham noticias das mães.

Cheguei à enfermaria às 10h15. Fiquei na cama ao lado da janela (dizem que estas são as melhores pois estes bebés sofrem menos de icterícia pois apanham mais luz).Uma enfermeira veio ter comigo e perguntou se eu ia amamentar. Eu disse que sim. Ela foi buscar o bebé… eu sentia a cara e os olhos inchados, tinha mais 4 companheiras de quarto, 3 tinham os bebés com elas a outra não (2 gémeas prematuras). Não tinha telemóvel e só iria ver o R à hora da visita.

Finalmente após uma longa espera às 10h45 o Rodrigo é colocado na minha cama ao meu lado para mamar. A enfermeira ajudou-me com a pega e foi embora. Ficamos os dois ali “sozinhos” para finalmente nos conhecermos.

Sónia Fragoso.

O nascimento do Vasco

No dia 14 de Janeiro de 2004, um dia normal de trabalho como outro qualquer.
Nesse dia tinha uma consulta de rotina da parte da tarde no Hospital de Amarante e lá fomos nós eu o meu marido à consulta. Chegamos comecei logo a fazer os traçados onde comecei a verificar que algo se passava, pois as enfermeiras comentavam silenciosamente. Pediram para ir fazer uma ecografia e no fim perguntaram-se, anda de quantas semanas? 38 semanas. Este rapaz tem de sair hoje sem falta, vai ficar internada. Como andávamos sempre preparados para qualquer eventualidade, o meu marido foi buscar o saco ao carro e lá fiquei a fazer traçados imenso tempo. Disseram para descansar que teriam de o provocar e esperar até ele dar sinal, foi então que comecei a ir muitas vezes à casa de banho e a sentir-me mal que fui levada para a sala de partos. Nunca mais me esqueço das palavras da parteira, epidural só na ultima e só para quem tem “cunhas”, vai ser difícil mas você vai conseguir. Fiquei assustada e ao mesmo tempo calma, pois assim iria ver o meu filho bem lúcida e abraça-lo.
No fim de tanto sofrimento, foi preciso chamar uma médica de serviço para ajudar com os fórceps, ainda hoje não me sinto preparada para engravidar novamente, mas foi um momento mágico sem explicação possível.
Quando olhei para ele ainda ensanguentado, tão pequenino, tão lindo, abracei-o com as poucas forças que me restavam e não o queria largar mais. Senti um alivio, uma sensação de conforto que nunca se esquece em momento algum.
Só uma mãe é que sabe, é que sente!!!!
AMO-TE FILHO!!!!

Isabel Carvalho

sábado, 9 de maio de 2009

O nascimento da Bianca

No dia 6 de Setembro após uma manha de preguiça, onde fiquei na cama ate bem tarde, só me levantei para fazer o almoço por isso foi uma manha calma e serena. Após almoçar fomos as compras, então andei para ai 11 hora no Lidl e depois fomos á Modalfa e ao Modelo, após sair do Lidl comecei com uns calores, uma falta de ar e uma dor na barriga, a dor foi aumentando de intensidade sendo de tal ordem que eu já mal me conseguia segurar em pé. Lá vim para casa deitei-me no sofá e as dores continuaram eram horríveis, e pior é que duravam e duravam, e depois começou a vontade de fazer xixi. passei do sofá para a cama , pois eu queria que aquilo passa-se para evitar a ida ao hospital, no entanto as dores cada vez eram maiores, ate que decidi ir ao hospital.
Qual foi o meu espanto quando lá cheguei estava com contrações de 10 em 10 min contraçoes a 70% no CTG mas eram menores as dores do que as que eu sentia em casa. Por isso em cada deviam ter chegado para ai aos 85%.
A medica fez vários exames, um que detectou que o bebe nascia dentro de 15 dias, fiz o tal exame do cotonete ate que tive ordem de internamento.
La permaneci internada durante 15 dias, sob vigilância em CTG e ecografias.
A bebe por vezes demonstrava sofrimento dai a vigilância.
Após 15 dias de eu ter dado entrada no hospital, as coisas mudaram de figura e foi no dia 20 Setembro que a minha princesa nasceu.
De manha tomei o peq almoço, e depois quando foi para o CTG fiquei la uma eternidade e vi (pk eu ja percebia daquilo) que a bebe não estava bem.
A medica proibiu-me de comer desde as 10:30 e fez uma ecografia o que não era habitual mas nunca me disse o que se passava. Só me diziam que tinha que estar em vigilância mas estava td bem .
Eu comecei a ver que eles iam provocar o parto, liguei ao marido para ir p hospital, e por volta das 13 horas comecei com contraçoes de 15 em 15 min, as 14 e qq colocaram-me soro e ai as contraçoes assustavam. As 18 horas decidiram que tinham que fazer cesariana a bebe estava em sofrimento, só me disseram vista-se que a sala operações esta a sua espera. Vieram fazer-me a depilação , vesti-me e lá fui eu. Eu só perguntava se podia ser epidural pois queria ver a bebe a nascer.
A anastecista disse q sim podia ser epidural claro mas eu só podia ver a bebe de fugida pois ela não podia apanhar frio. La me prepararam e o pessoal era muito simpático, e a certa altura disseram a sua bebe esta a nascer e eu disse mas ela não chora pk? e a anestesista disse calma ainda estão a tira-la, dai a nada ouvia a gemer e vi uma medica a passar com ela, foram limpa-la aspira-la e dps vieram mostrar-me embrulhada num pano onde só se via a cabeça, de-lhe um beijo e ela chorou e depois foi embora.
A sensação é algo inexplicável pois olhar a minha filha é algo único maravilhoso, não sei explicar.
Ainda me lembro da carinha dela e daquele momento.

Relato cedido pela mãe da Bianca

Feira de Artesanato em Setúbal

No último fim de semana de cada mês podem vir visitar-nos na Feira de Artesanato, promovida pela Câmara de Setúbal, no jardim da Beira-mar.

Pode encontrar os mais diversos artesanato, assim como produtos regionais.

Nós também lá estamos com algumas das nossas pinturas, e com retratos ao vivo.

Não falte!


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