No dia 14 de Janeiro de 2004, um dia normal de trabalho como outro qualquer.
Nesse dia tinha uma consulta de rotina da parte da tarde no Hospital de Amarante e lá fomos nós eu o meu marido à consulta. Chegamos comecei logo a fazer os traçados onde comecei a verificar que algo se passava, pois as enfermeiras comentavam silenciosamente. Pediram para ir fazer uma ecografia e no fim perguntaram-se, anda de quantas semanas? 38 semanas. Este rapaz tem de sair hoje sem falta, vai ficar internada. Como andávamos sempre preparados para qualquer eventualidade, o meu marido foi buscar o saco ao carro e lá fiquei a fazer traçados imenso tempo. Disseram para descansar que teriam de o provocar e esperar até ele dar sinal, foi então que comecei a ir muitas vezes à casa de banho e a sentir-me mal que fui levada para a sala de partos. Nunca mais me esqueço das palavras da parteira, epidural só na ultima e só para quem tem “cunhas”, vai ser difícil mas você vai conseguir. Fiquei assustada e ao mesmo tempo calma, pois assim iria ver o meu filho bem lúcida e abraça-lo.
No fim de tanto sofrimento, foi preciso chamar uma médica de serviço para ajudar com os fórceps, ainda hoje não me sinto preparada para engravidar novamente, mas foi um momento mágico sem explicação possível.
Quando olhei para ele ainda ensanguentado, tão pequenino, tão lindo, abracei-o com as poucas forças que me restavam e não o queria largar mais. Senti um alivio, uma sensação de conforto que nunca se esquece em momento algum.
Só uma mãe é que sabe, é que sente!!!!
AMO-TE FILHO!!!!
Isabel Carvalho
Nenhum comentário:
Postar um comentário