quinta-feira, 25 de junho de 2009

Clarisse - a pequena, grande guerreira

Tudo começou 1 semana antes de nascer.
Como já estava a perder o rolhão mucoso desde as 23 semanas e tinha indicação de repouso absoluto. O q é impossível numa casa com 3 crianças. Resolvi voltar ao hospital de Setubal pois as dores eram imensas e estava a perder sangue. O medico nem me examinou e concluiu q as dores e perdas de sangue eram uma infecção urinária.
Eu lhe disse q não era uma infecção urinária ao q ele me respondeu quem era afinal ali o médico, ele ou eu?
Ok era ele mas eu sabia o q era estar em trabalho de parto e ele nem me examinou sequer.
Respondeu-me mandando-me para casa. Perguntei e se a bebé nascer como é q era nascia em casa sem condições de sobreviver? A resposta dele foi se nascer nasceu.
Custou tanto ouvir isto, mas sabia q não adiantava estar ali a argumentar não me iam fazer nada e foi assim q fui com o meu marido para a MAC onde me examinaram e concluíram q tinha dilatação e já tinha perdido á mt o rolhão mucoso, logo qd fazia esforço a bolsa fazia um balão para fora da abertura.
Fui logo medicada com comprimidos para atrasar o parto e injecções para amadurecer os pulmões do bebé e fui levada para sala de partos.
Como aguentei a noite toda e as contrações acalmaram mandaram-me para ser internada no piso de cima mas com indicação de repouso absoluto nem para ir á casa de banho, pelo menos por enquanto.
Levaram-me para cima e ao fim de umas horas tive vontade de fazer urinar, pedi a arrastadeira mas a auxiliar disse-me q não tinha indicações para trazer q podia me levantar, perguntei a uma enfermeira q confirmou q podia me levantar.
Levantei e fui ao wc qd entrei senti uma pressão em baixo e PUF rebentou a bolsa. A agua não parava de correr vi logo q a bolsa ficou totalmente rota e comecei a ficar em pânico. Vieram me buscar com uma cadeira de rodas e eu perguntava, então agora tem de nascer? É tão cedo. Responderam q não íamos aguentar assim o + tempo possível, com medicação para as possíveis infeçoes e contrações.
Desesperei, sabia q as chances de sobreviver sem liquido tanto tempo e com probabilidade de contrair infeçoes fatais para ela eram enormes, mas se nascesse tb teria mt poucas probabilidades de sobreviver.
E optaram assim em repouso absoluto fazia td na cama sem poder sequer me sentar, era lavada por enfermeiras e levava imenso soro pra ir fabricando novo liquido, mas infelizmente tinha uma abertura e ao minimo movimento saia td de novo. Era constantemente vigiada com analises pra ver se tinha contraido infeçao e fazia mts ecos.
O q tb podia acontecer era o utero começar a contrair e começar a atrofiar os membros da bebé provocando deformações. Se fosse eu q tivesse escolhido achava q os riscos de lá estar dentro eram maiores do q sair, mas optaram assim e afinal foi melhor.
Estava já internada á 1 semana com ruptura total da bolsa. Nesse dia tinha me queixado a uma infermeira de um ardor terrivel qd urinava, isso era sinal de infecção q já era de esperar pois tinha a bolsa rota e o colo dilatado, mesmo tomando medicação para evitar esta situação ela acabou por acontecer.
Qd a enfermeira me veio lavar confirmou realmente q estava com corrimento amarelo esverdeado, logo avisou a medica e fizeram um exumado vaginal. A medica mt aborrecida por a terem incomodado num domingo q deveria ser calmo, lá começou a refilar q o corrimento era branquinho.
Por volta das 20h começo com contraçoes ligeiramente fortes e regulares, aviso as enfermeiras e foi-me colocado o ctg, não registava nenhuma dessas contraçoes, não sei se devido á barriga ter ficado mt pequena pois não tinha liquido e só tinha um pequeno bebé.
Teimei q as sentia e q sabia bem como eram pois é a minha 4ª filha. Lá chamaram a mesma medica, claro q ficou mt aborrecida por a ter feito jantar depressa, chegou lá pos a mão violentemente e mt chateada deu-me um raspanete q estava a ser infantil, q não tinha dores e q ela não ia nascer.
Foram-se embora e eu fiquei de rastos, sentia-me abandonada, fechei a cortina e chorei desesperadamente, sabia q ela ia nascer e tinha mt medo q fosse ali sozinha sem a assistência q precisava de imediato. E o raio do ctg q não registava nada.
Por volta da 00h as dores foram se intensificando e nessa hora veio a enfermeira trazer a medicação, disse-lhe q estava com mts dores, olhou pra o ctg e não viu nada, respondeu-me q não eram contraçoes, foi-se embora e apagou as luzes, chorei, contorci-me vezes após vezes de tanta dor, tinha tanto medo de a ter ali naquela cama sozinha. Qd comecei a sentir vontade de fazer força desesperei, encolhia, encolhia, lá ia tocando a campainha e ninguém vinha, tive mt tempo a encolher e qd estava para desistir surgiu finalmente uma enfermeira. Disse-lhe q não aguentava mais e ela respondeu q ia chamar a medica. Disse-lhe q não havia tempo q fosse ela a fazer o toque. Assim q pos a mão dá um grito enorme a chamar a colega porque ja tinha a cabeça a sair.
No caminho pró bloco de partos foram vendo as analises e tinha uma infecçao de streptococus q podia passar para o bebé. Isto a outra medica soube durante a tarde toda mas ocultou porque ao q parece só iria me informar no dia a seguir para ser feita a cesariana. Estavamos num domingo e ela pensou q não faria mal esperar ate o dia seguinte. Apesar da pressa em dar a medicação infelizmente passei a infecção para ela.
Mal me puseram na cama de parto dei 2 puxões e ela nasceu, ouvi um breve e minúsculo choro semelhante a um gatinho miar. Não a vi, assim q nasceu a medica disse q cheirava mal e a levaram.
Durante Quase 1 hora nada soube, nada me foi dito e eu não me atrevia a perguntar, sinto uma enorme dor e magoa qd me recordo desse momento, tinha um enorme desejo de saber da minha Sissi, mas não me saia a pergunta da minha boca, pois tinha mt medo da resposta. Esperei q me viessem dizer. Qd ouvi q era uma nina linda de 645g q estava viva e relativamente estável ia ser transferida prós cuidados neonatais, fiquei tão feliz. Nasceu ás 4h10 no dia 8 de Outubro.
Conhecia através de uma foto ás 7h 30m, pensei q era pequenina, mas afinal só qd a vi é q realmente tomei a noção de quanto era minúscula, só a vi 10 longas horas depois. Por mt q pedisse não havia uma auxiliar disponível para me levar ate ela.
Apóstanto sofrimento q passou, aqui está ela no meu colinho reguila a tentar mexer no teclado. Sou uma sortuda tenho o enorme privilegio de ter esta nina comigo, sem sequelas graves, mt esperta, bem desenvolvida.

ass. Mãe Teresa

Parceria fotografica




Mais uma vez cá estamos a divulgar as nossas parcerias, o grande objectivo é tornar o momento da gravidez o mais memorável possível.

No momento a seguir ao parto, surge a saudade, saudades de sentir a barriga, de sentir o movimento no seu interior, apartir desse momento o nosso bebé, conhece o mundo exterior, interage com a família, e deixa de nos pertencer exclusivamente, pelo menos no sentido de só a nós brindar com movimentos subtis e brincalhões...a barriga perdeu o volume, mas jamais perderá o significado e a memoria de a ver crescer todos só dias ficará para sempre...

Assim sendo, e para que a imagem não se desvaneça com o tempo, propomos uma sessão fotográfica especial.
Permita a si própria esse miminho.
Estamos a efectuar pinturas corporais, que serão fotografadas por um profissional de renome na nossa cidade.
Numa sessão fotográfica que marcará uma fase tão majestosa, como a gravidez, será sem duvida um momento que jamais esquecerá.

deixo os contactos para a marcação, temos na nossa loja um portfolio dos nossos últimos trabalhos, não hesite em visitar-nos e conheça todos os pormenores.


Contactos para marcação da sessão fotográfica:

Photo Vintage
Av. Bento Gonçalves, 19B 2910-433 Setúbal
Tel/Fax : 265 523 029
email: ecostafoto@netvisão.pt


Existem também disponíveis sessões fotográficas para o bebe desde recém-nascido, permitindo fazer um book até ao primeiro aniversario.